Uma visita ao Auburn Automobile Museum nos Estados Unidos
Tenho um grande amigo, cara super inteligente e leitor assíduo do site, que é o Darci. Eu posso dizer que ele é uma espécie de correspondente internacional do Porta-Luva (muito chique!). Agora, aposentado, em suas andanças e passeios pelos Estados Unidos, ele sempre faz achados ou visita lugares que nos deixam com água na boca! Como ele é um bom camarada, compartilha com a gente suas experiências. Obrigado!!! Desta vez ele conta e mostra para a gente sua visita ao Auburn, Cord & Duesenberg Automobile Museum. É um pedaço da história automobilística do início do século XX. Boa leitura!
“Fui novamente (tinha ido há uns 3 ou 4 anos), no AUBURN, CORD & DUESENBERG AUTOMOBILE MUSEUM em Auburn, IN, nos Estados Unidos. A empresa funcionou de 1900 a 1937, quando sucumbiu a concorrência dos grandes de Detroit. Os carros eram reconhecidos pela qualidade e desempenho. Cada carro saia da fábrica com um certificado assinado pelo piloto de testes, atestando a velocidade máxima efetivamente atingida na pista de testes da empresa. O acabamento era impecável, assim como a pintura, com cores exóticas. Os carros das marcas Cord e Duesenberg chegavam a custar 5 vezes o preco de um Cadillac que era o carro mais luxuoso fabricado nos USA nesta época.
O museu fica dentro do prédio que era da administração e show room. Algumas salas, como a do presidente, do chefe de exportações e dos designers, assim como uma sala de reuniões foram preservadas. Ainda está em pé um galpão que era de produção, onde tem um museu de caminhões e outras antiguidades da era do automóvel…esta parte está um pouco desorganizada, mas tem algumas raridades interessantes. Alguns caminhões esperam restauração. Interessante notar que, no início da década de 30, eles desenvolveram tração dianteira (com um diferencial normal, apenas colocado para acionar as rodas dianteiras, com uma junta universal (não sei se durava muito…). Também, a partir de um motor Lycoming de 8 cilindros em linha (chegaram a usar um de cilindros também), criaram cabeçotes com 4 válvulas por cilindro com duplo comando no cabeçote (DOHC). Os motores eram muito potentes…alguns com potência acima de 230 cavalos.”
Ah! Para quem não leu, dê uma olhada também no relato e nas fotos espetaculares da visita dele ao Henry Ford Museum, em Detroit [leia aqui].
Fotos: Darci Prass